“A última palavra é a penúltima” é uma intervenção cênica realizada pelo Teatro da Vertigem como parte da #31 Bienal de São Paulo.
Há seis anos, os problemas cotidianos levantados pela obra “O Esgotado” de Gilles Deleuze, inspiraram “A última palavra é a penúltima”. A peça, revisitada agora pelo Teatro da Vertigem para a #31Bienal, propõe, com o distanciamento do tempo, rever o já feito, refletir e reocupar o mesmo espaço de antes: o acesso subterrâneo da Rua Xavier de Toledo, no centro de São Paulo.
O processo de construção do trabalho é colaborativo. O público participa significativamente de duas formas diferentes: espontaneamente, reutilizando o espaço como passagem entre o Viaduto do Chá e a Praça Ramos de Azevedo; e como espectador/ator, que participa de um jogo cênico dentro de vitrines. Público, transeuntes e atores se misturam.
Todos são colocados em relação, veem e são vistos, ao mesmo tempo em que ocupam um espaço de passagem atualmente inutilizado.
“Os atores atravessam a passagem dezenas de vezes, mas com significados distintos, como se algo da metrópole fosse potencializado em cada pequena cena: das manifestações de junho de 2013 ao uso obsessivo do celular, passando por cenas surrealistas. “A última palavra…” é como o delírio de febre alta, que nos reposiciona e mostra um mundo diferente, mesmo que ele seja sempre igual.” Fabio Cypriano crítico da Folha
O espetáculo tem direção de Antônio Araújo e Eliana Monteiro, figurinos de Arianne Vitale Cardoso, cenografia Laura Vinci e iluminação de Guilherme Bonfanti.
Com Roberto Audio, Sergio Siviero, Miriam Rinaldi, Luis Mármora, Kathia Bissoli, Lucienne Guedes, Daniel Farias, Mawuse Tulani, Sergio Pardal e Nicolas Gonzales.
Fotos: Arianne Vitale Cardoso, Thiago Bortolozzo e Mayra Azzi