“A última palavra é a penúltima” é uma intervenção cênica realizada pelo Teatro da Vertigem como parte da #31 Bienal de São Paulo.
Tendo como base a obra “O Esgotado” de Gilles Deleuze, “A última palavra é a penúltima” foi realizada primeiramente no ano de 2008 e agora é revisitada pelo grupo que propõe, com o distanciamento do tempo, rever o já feito, refletir e reocupar o mesmo espaço de antes: o acesso subterrâneo da Rua Xavier de Toledo, abandonado no centro de São Paulo.

Todo o processo de construção do trabalho foi colaborativo. O público participa significativamente de duas formas diferentes: espontaneamente, reutilizando o espaço como passagem entre o Viaduto do Chá e a Praça Ramos de Azevedo; e como espectador assistindo a intervenção de dentro de vitrines.
Público, transeuntes e atores se misturam.
O figurino também foi criado no processo colaborativo, partindo dos workshops realizados pelos atores e criadores sobre o tema e sobre o espaço da passagem e realçando os personagens existentes no imaginário do centro da cidade de São Paulo.
“Os atores atravessam a passagem dezenas de vezes, mas com significados distintos, como se algo da metrópole fosse potencializado em cada pequena cena: das manifestações de junho de 2013 ao uso obsessivo do celular, passando por cenas surrealistas. “A última palavra…” é como o delírio de febre alta, que nos reposiciona e mostra um mundo diferente, mesmo que ele seja sempre igual.” Fabio Cypriano crítico da Folha
O espetáculo tem direção de Antônio Araújo e Eliana Monteiro, figurinos de Arianne Vitale Cardoso, cenografia Laura Vinci, iluminação de Guilherme Bonfanti e musica de Érico Theobaldo.
Com Roberto Audio, Sergio Siviero, Miriam Rinaldi, Luis Mármora, Kathia Bissoli, Lucienne Guedes, Daniel Farias, Mawuse Tulani, Sergio Pardal e Nicolas Gonzales.
Fotos: Arianne Vitale Cardoso, Thiago Bortolozzo, Mayra Azzi e Leo Eloy